fevereiro 15, 2014

Delta do Rio SÃO FRANCISCO - o "OPARA" da beleza e da esperança.

Todas as vezes que se vai à Foz do Rio São Francisco,  se vive itensamente sua beleza e riqueza sócio natural. Não se concebe, por exemplo, que brasileiros que se proponham a viajar - ou possam, não a conheça. E é do lado do Estado de Alagoas onde as coisas acontecem.
Porém, as questões de políticas públicas que o assolam ou a falta delas, estão refletindo seriamente na qualidade de vida e na natureza do rio. A se falar principalmente, no absurdo da sua transposição ou na falta de qualificação/capacitação para exploração da industria sem chaminé, o turismo e o ecoturismo! Guias locais em Piaçabuçú mal conhecem sobre a APA de PIAÇABUÇÚ ou a história do Velho Chico - o Rio da Integração Nacional! Quem deveria ser a voz do rio e formador de opinião, simplesmente é carente de reais oportunidades. Alagoas! Já dizia o velho poeta Mário Quintana:
 
"Todos estes que aí estão atravacando meu caminho; eles passarão...
Eu passarinho"!


Visual único das dunas mutáveis do Delta do Rio São Francisco em terras alagoanas - qual brasileiro disponível de viajar deverá deixar de conhecê-lo?! Imperdível e, talvez, não mais para sempre.



A vista de Piaçabuçu - única palavra da
língua portuguesa com dois "ç".


A pacata Piaçabuçu última citadade até a foz
às margens do Velho Chico

Não só seus barcos carregam a "cruz" de seu agonizar...o próprio Rio sente visivelmente
a eminência de piores dias sem água, sem pesca, sem oportunidades para ribeirinhos.


Na labuta e no transporte diário se carrega de tudo, da feira aos bichos de estimação.



Nosso "Opara", de nome indígena, democrático e acolhedor, abriga vários tipos de embarcações: das mais luxuosas às mais simples. Mas, são as tipicamente utilizadas por ribeirinhos que chamam atenção.



As palhoças devidamente fechadas aguardando liberação
do defeso para retorno dos pescadores.

As mutáveis dunas alagoanas da APA de PIAÇABUÇÚ - região de desova das taratarugas marinhas e por isso, não só limite geográfico entre os estados de Alagoas e Sergipe, mas região do ecoturismo guiado e de acesso limitado.

Precisa que o Brasil esteja presente, não apesas simbolicamente em seus barcos, mas muito mais na VOZ do povo ribeirinho através de gestores desconhecedores e/ou indiferentes às riqueza naturais e sócio-cultural que o RIO SÃO FRANCISCO possui e representa como único rio genuinamente brasileiro.


O passeio se faz de barco até as praias
 do seu delta.


As lagunas que se formam são mutáveis e de rico ecossistema.


A cidade e o farol do lado sergipano que foram engolidos pelo mar. Deus põe, Deus dispõe...






A pouca vegetação existente, por volta, são engolida pelas dunas.

O Farol que guia a navegação rio adentro. Américo Vespúcio que o diga do encantamento ao avistá-la pela primeira vez em 04 de outubro - dia de São Francisco de Assis - há alguns tempos atrás.
Infinitamente bela!


Os turistas acompanham os condutores nativos - guias locais - que, infelizmente, não exploram todo o conteúdo histórico, social, ecológico que a existencia do Rio e sua foz requerem. Formadores de opinião, têm na associação de 18 membros, uma entidade de política partidária sem prespectiva independente de capacitação e qualificação devidas e merecedoras para seus membros.

Caminhadas não serão jamais apenas caminhadas. 

 
 
A Área de Proteção Ambiental (APA) de PIAÇABUÇÚ é uma Unidade de Conservação de Uso Sustentável com 18.800ha, criada no ano de 1983 pelo Dereto Federal Nº 88.421 e está localizada em município alagoano de mesmo nome. O objetivo da APA é a proteçaõ da biodiversidade local em especial quelônios marinhos, aves praeiras efixação das dunas. "É destinada a compatibilizar a atividade humana com apreservação da vida silvestre e a proteção dos recursos naturais." (A Reserva da Biosfera da Mata Atlântica no Estado de Alagoas Caderno 29, série Estados e Regiões da RBMA - Menezes, Afrânio.)    



Pegadas não serão jamais pegadas: desaparecerão!


O artesanado local está presente de
forma desodernada

Os talkentos existem sem qualificação.

E a infância sempre será a mesma: desde que o rio não desapareça um dia!




Maré baixa , água doce. Mas já se acha peixes de água salgada na
cidade de Penedo à aproximadamente 50 Km rio adentro.



Enquanto não ouvirem os ribeinhos nossa bandeira
apenas tremulará ociosamente. 

E a infência buscará no Velho Chico suas alegrias. Até que alguém se dê conta do perigo e abrace a causa do mal trato e do descaso na transposição do rio, no assoreamento de suas margens, na poluição da falta de esgoto tratado de suas cidades e, finalmente, nas políticas públicas locais mal geridas.  

PS- Uma homenagem ao meu irmão TUCA que sempre sonhou, estudou  e amou o Rio São Francisco como poucos.